Quem nunca foi alvo de uma fofoca, ou agente dela? A fofoca faz
parte da vida cotidiana há muito tempo. Hoje em dia com o crescimento das redes
sociais a fofoca tomou proporções ainda maiores, inclusive no mundo
corporativo. O problema é que isto acaba prejudicando a produtividade e a
motivação dos trabalhadores, tanto para quem é alvo ou agente da fofoca.
Já escrevi sobre este assunto no artigo
"5 dicas para lidar com a fofoca no trabalho", além de outros
textos que indico logo abaixo. Porém, ao pesquisar mais sobre o assunto,
encontrei esta reportagem da revista Super
Interessante que transcrevo
abaixo e é - de verdade - super
interessante para refletir
sobre o tema e realizar uma autocrítica. Veja, analise seu comportamento e
deixe seu comentário.
PORQUE FOFOCAMOS E COMO
ISSO INFLUENCIA NOSSO TRABALHO?
O fato de fofocarmos não gera
um conforto nem mesmo nas redes sociais, onde são condenadas
fortemente e diga-se de passagem que ser chamado de fofoqueiro é uma grande
ofensa para qualquer um.
Quando ouvimos duas ou mais
pessoas fofocando, vamos ser sinceros e admitir que é MUITO difícil não prestar
atenção. Mas antes que você se sinta culpado pelo tal relato da vida alheia, saiba que há uma explicação
científica para tal ação.
A Universidade de Northeastern, em Boston, realizou um estudo e
descobriu não só que o nosso subconsciente valoriza a fofoca, como nossa mente
e nossos olhos prestam atenção particular quando estão em jogo informações
negativas.
O EXPERIMENTO
O experimento/estudo funcionou
assim: primeiro, os voluntários viram fotos de
algumas pessoas, e receberam uma informação sobre elas. A informação podia ser
positiva, negativa ou neutra, e o assunto podia ser social ou não. Por exemplo,
“ele jogou uma cadeira em seu colega de classe” seria uma declaração social
negativa, enquanto que “ela desenhou as cortinas da sala” seria uma informação
neutra e não social (não trata de algo que ela tenha feito com outra pessoa).
Depois, os pesquisadores
mostraram duas imagens simultaneamente aos voluntários usando um estereoscópio,
sendo que cada olho via uma imagem diferente. Enquanto um via a foto de um
objeto, ao outro era mostrado o rosto de uma dessas pessoas. Então, eles
precisavam dizer qual delas estavam vendo e por quanto tempo. Quando cada olho
vê uma imagem, ocorre a chamada rivalidade binocular e o cérebro acaba
precisando alternar entre as duas ao decidir em qual vai prestar mais atenção e
qual irá ignorar.
Um grupo de pesquisadores,
liderado pela neurologista Lisa Feldman-Barrett, descobriu que os voluntários
viam por mais tempo a imagem de pessoas de quem tinham ouvido fofocas sociais
negativas. O mesmo não ocorreu quando eram mostradas imagens de quem estava
associado a uma informação positiva ou neutra. Nem quando se tratava de uma
informação negativa, mas não de natureza social como por exemplo “ele teve que
fazer um tratamento de canal”.
Isso levou os pesquisadores a
acreditar que a fofoca social negativa pode desencadear algum tipo de mecanismo
de proteção dentro de nós. Nosso cérebro está sempre procurando informações que
possam ajudar a nos proteger de indivíduos potencialmente perigosos que
poderiam nos prejudicar no futuro. Quando nos concentramos mais no rosto de uma
pessoa que sabemos ser má, nosso cérebro pode estar tentando estudar e reunir
mais informações e se colocando em alerta para que nos lembremos de ter cuidado
com ela no futuro.
Fonte: Revista Super
Interessante
Leia também:
- Maturidade profissional
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