4 de maio de 2009

Passado, presente e futuro

Um tema que gosto de abordar é o gerenciamento do tempo. Ouço diversas pessoas dizer que não tem tempo para uma série de coisas, mas para outras parece que o tempo sobra.

Algumas não sabem o que fazer quando chega um feriado, outras não aguentam esperar por ele. O fato é que como cada pessoa lida com o tempo é bastante peculiar e pode ajudar ou prejudicar seu desempenho e motivação.

Dentro disso há um assunto que é curioso: como as pessoas lidam com o passado, o presente e o futuro.

Nos cursos e palestras que realizo sobre administração do tempo há um exercício onde a pessoa é levada a refletir sobre a importância destes três fatores em sua vida. Se você tivesse uma escala de 0 a 100 para distribuir entre estes três itens como você faria?

Já recebi respostas do tipo: 50 para o passado, 40 para o presente e 10 para o futuro, pois o futuro a Deus pertence. Outra divisão frequente é: 10 para o passado, 50 para o presente e 40 para o futuro, pois nem quero lembrar do passado que tive.

Enfim, há diversas explicações para como cada um divide a importância que o tempo tem em suas vidas. Porém, é interessante pensar que tanto o passado, quanto o presente e o futuro são igualmente importantes em nossas vidas.

Aqueles que se prendem ao passado, dando maior valor a ele, acabam por não viver as maravilhas do momento atual, podendo reagir a tudo com um saudosismo impotente. Não sonham e nem realizam. O que passou passou, não devemos ficar preso ao passado, porém, ele é importante para que possamos tirar lições e aprendizados de situações boas e ruins que vivemos. Por isso, o passado é importante. Deve ser lembrado como referência para o presente e o futuro.

Por outro lado, há quem diga que o mais importante é viver o presente com a maior intensidade possível. São pessoas focadas em realizar. Concordo em parte. O presente é para ser vivido intensamente, mas não inconsequentemente. Pessoas que bebem tudo, fumam tudo, dirigem como se o mundo fosse acabar naquele instante podem gerar mais prejuízos a si e aos outros. É preciso ter consciência que o presente é único, mas serve como base para o futuro.

Finalizando, há também aqueles que vivem presos ao futuro. Dizem: "quando eu me aposentar, vou viver feliz", "quando eu for promovido, vou conseguir realizar meus sonhos", "quando meu chefe sair as coisas vão melhorar" e assim por diante. Vivem a expectativa do que poderá acontecer. Sonham, mas não realizam. O futuro é fundamental para que possamos criar motivos e objetivos a alcançar. Porém, não se pode ficar preso a eles e postergar a felicidade, o sucesso e a realização, pois este futuro poderá não ocorrer.

Resumindo... para se viver de forma mais equilibrada é preciso usar a experiência e conhecimento adquiridos do passado, para viver intensamente o presente, com planejamento para um futuro promissor e de realização.

 Rogerio Martins  é Psicólogo, Palestrante, Escritor e Professor Universitário.
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